Daniel Jablonski investiga hipercomunicação digital em festival do Instituto Tomie Ohtake - Janaina Torres

São Paulo Brasil

Daniel Jablonski investiga hipercomunicação digital em festival do Instituto Tomie Ohtake

5 de maio de 2017 | 16:01

Explorando a troca interrompida de emails, Daniel Jablonski, artista representado pela Janaina Torres Galeria, participa do Arte Atual Festival 2017, que marca a participação do Instituto Tomie Ohtake no Festival Path, o maior evento de inovação e criatividade do País.

O Arte Atual Festival 2017 terá um formato inusitado, reforçando o caráter experimental de seu partido curatorial e a abertura a jovens artistas.

O projeto desta edição, concebido pelo curador Paulo Miyada e sua equipe do Núcleo de Pesquisa e Curadoria da instituição, coloca o artista em particular contato com o público para refletir sobre os recursos disponíveis de comunicação e experimentar possibilidades de modos de escuta.

Com a obra “Fwd: Desculpe pela demora”, por exemplo, Jablonski explora a dificuldade da comunicação por e-mail: o artista propõe que e-mails não respondidos por uma pessoa sejam enviados a ele, que irá interferir na conversa – e exibir os resultados na exposição.

(saiba mais sobre o trabalho de Daniel Jablonski aqui).Integram a mostra os artistas Aleta Valente, Henrique Cesar, Ícaro Lira/Júlia Coelho, Raquel Nava/Cila MacDowell e Renata Cruz.

Miyada aponta que, talvez, a escuta seja o bem imaterial mais escasso na corrente era de hipercomunicação, apesar das muitas possibilidades de se estar em contato. “São tantos recursos para estar perto de quem se está longe, quanto para, ao contrário, estar longe de quem está diante de nós. A comunicação nas mais diversas mídias é uma obsessão do tempo presente: nunca tanta gente falou tanto, mas será que tem alguém ouvindo? E, se está ouvindo, alguém realmente está escutando o que os outros têm a dizer? ”, indaga o curador.

A exposição propõe que nesse contato os projetos artísticos efetivamente aconteçam, transmitidos e processados em canais de comunicação direta entre artista e público. Trata-se de uma proposta em aberto cujo resultado, portanto, será uma incógnita.

“Haverá espaço para respostas? Se sim, haverá respostas? E, depois, alguma conversa é plausível?” Segundo a curadoria, essas são perguntas que precisam esperar pelo imprevisível da comunicação, amplificado nesse caso pelo caráter íntimo ou privado do que se anuncia no espaço expositivo.

Para mais informações: https://www.festivalpath.com.br/

 

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